
Gênero: R&B
Gravadora: RCA Records
Lançamento: 26 de abril de 2024
O single carro-chefe “1:59” do álbum de estreia “DOPAMINE” de Normani é fraco demais e o timing é tão atrasado que chega a ser desesperador e desestimulante.
Nesta última sexta-feira (26), Normani lançou (finalmente) o single carro-chefe de seu álbum de estreia intitulado “DOPAMINE”, que está chegando em 14 de junho deste ano.
Após muita espera dos fãs e entusiastas de seu trabalho solo após a dissolução da girlgroup Fifth Harmony, a estreia de Normani com “Motivation” (2019) acendeu um calor na fã base do grupo que havia se separado em 2018. Das integrantes, ela era a quem mais tinha potencial de ascender, pois no grupo se mostrou uma excelente performer no palco e teve a bênção de Beyoncé.
Algumas tentativas foram feitas para desengatar a marcha travada de iniciar a era de seu álbum de estreia, foi o que aconteceu com “Motivation” e “Wild Side” (2021), além de manter a visibilidade em colaborações como “Love Lies” com o artista estadunidense Khalid, “Dancing With A Stranger” com o artista britânico Sam Smith, “Waves” com o rapper 6Black e “Diamonds” com a rapper Megan Thee Stallion.
No início deste ano, ela finalmente anunciou seu álbum de estreia intitulado “DOPAMINE”, que nas semanas seguintes revelou a data de lançamento. Veja:
O single carro-chefe “1:59”, colaboração com o rapper Gunna não tem força suficiente para ser um bom pontapé inicial de uma era, o que revela que infelizmente tudo já está começando errado. A faixa parece ser apenas uma faixa comum de um disco que não possui nenhum potencial de carregar o nome do disco.
O R&B característico que ela vinculou sua imagem não impressiona em nenhum ponto, e é uma decepção, visto que acredito que ela possa entregar algo muito mais potente, pois há talento de sobra, mas não há em empenho. Alguns podem afirmar que a culpa dos atrasos e escolhas ruins seja da RCA Records, e de fato, pode ser sim.
O que não é escolha da RCA certamente é a inspiração artística que não soube aproveitar a força que ela tem nesse primeiro momento de início com um capítulo tão importante para um artista quanto um álbum de estreia.
Em “1:59”, temos um R&B linear simples e comum, que não faz ser sua escuta ser negativa ou não recomendada, apenas um “ok”. Até a contraditória Camila Cabello, que foi sua companheira de grupo, teve um empenho maior para seu disco de estreia, e mesmo sendo uma artista que tem fama de plagiar e se “inspirar” em trabalhos alheios, conseguiu captar o interesse do público. A adição de Gunna à faixa é mais uma colaboração que um ficou de lá e o outro de cá. A faixa não é ruim, longe disso, mas ela certamente não deveria abrir seu álbum de estreia, e o lírico ainda deixa mais evidente: “quando eu te pego sozinho / garoto, o que você vai fazer com isso? / não fale muito, apenas faça essa m**** / garoto, o que você vai fazer com isso? / quando eu te pego sozinho / garoto, o que você vai fazer com isso? / não fale muito, apenas faça essa m**** / garoto, o que você vai fazer? / o que você vai fazer com isso?”, ela diz.
O single carro-chefe “1:59” do álbum de estreia “DOPAMINE” de Normani é fraco demais e o timing é tão atrasado que chega a ser desesperador e desestimulante.
Escute “1:59” de Normani com Gunna aqui: