Nesta quinta-feira (21), Beyoncé esteve de surpresa na cidade de Salvador, no Estado da Bahia. Ela veio ao Brasil como um gesto de carinho por sua turnê, “Renaissance World Tour” – que arrecadou mais de meio bilhão de dólares em ingressos – ter recebido muitos brasileiros em diversos shows na Europa e na América do Norte. Ela veio também para celebrar a estreia de “Renaissance: A Film by Beyoncé”, filme que mostra a trajetória da turnê de sucesso.
A vinda de Beyoncé foi explicitamente simbólica, não só para os brasileiros, mas para todos os seus fãs no geral. Ela disse que não foi possível trazer a turnê ao Brasil – suponho que deve ter sido pela questão da estrutura e burocracia que existe no nosso país para eventos deste porte -, mas veio pessoalmente por livre e espontânea vontade demonstrar carinho, gratidão e amor pelo seu público brasileiro.
Salvador, a cidade brasileira baiana é considerada a capital com mais negros fora do continente africano, e para Beyoncé, particularmente, é de suma importância.
Este ano, tivemos também um encontro ilustre de Leigh-Anne Pinnock, uma das integrantes da girlband britânica Little Mix e a presença da indicada ao Grammy, Victoria Monét. No caso de Leigh-Anne, ela esteve no palco com a artista carioca IZA, que juntas marcaram o evento com a britânica ao cantarem “Talismã”, canção de IZA, juntas no palco. Victoria Monét também cantou o clássico “andar com fé eu vou / que a fé não costuma falhar” de Gilberto Gil.
A vinda de Beyoncé ao Brasil nos entregou relatos belíssimos num meet & greet entre fãs e a artista carioca Ludmilla. Os membros que administram o portal Beyoncé Access publicaram um relato de seu encontro com Bey nos bastidores:
Quando entrei na sala o primeiro impacto foi a iluminação e a decoração, após isso percebi a equipe de filmagem e no meio ela totalmente perfeita com um sorriso largo. Assim que eu a vi sorrindo comecei a chorar sem parar.
Quando foi minha vez, eu não sei porque desgraça eu botei minhas duas mãos em volta da cintura dela e disse: “Hi my queen” (isso soluçando de chorar). Ela sorrindo respondeu meu oi e me abraçou, eu apenas falava que a amava repetidas vezes e chorando sem deixar ela falar, e ficou abraçada de frente para mim sorrindo. Após me acalmar, tiramos fotos juntos (equipe) e depois na vez da foto individual ela disse que eu era linda antes tiramos a foto (eu respondi um thank you incredula) e após ela disse que eu tinha um cheiro muito bom.
Sai de perto dela passando por Julius e interagindo com ele, que me respondeu um oi com sorriso tímido e antes de sair da sala com os outros adms eu virei para trás ela ainda estava olhando, eu dei tchauzinho e ela correspondeu. Assim que passei pela porta encostei na parede e chorei por 5 minutos.
Um outro membro do portal relatou:
Entrei primeiro na sala e meus olhos já foram direto pra ela. O camarim estava lindo, parecia o céu, e ela era um anjo, brilhando no canto da sala. De longe eu disse “Hi” com um mega sorriso no rosto, e ela respondeu de volta com aquele sorriso lindo. Me aproximei e dei um abraço nela, peguei nas mãos dela e falei que ela é muito importante, não só pra mim mas importante pro mundo todo, agradeci por tudo, falei que o Brasil a ama, tudo isso olhando bem nos olhos dela. Ela respondeu agradecendo, falou que que é grata por nosso apoio e que os brasileiros são os melhores e que nos ama. Na hora da foto, ela encostou a cabeça na minha. — Assim que entrei, já notei pessoas que trabalhavam com ela há anos e todos foram muito simpáticos. Quando olhei pra direita, Beyoncé estava toda de prata em frente a um backdrop também prateado. Naquele momento eu automaticamente desabei de chorar. Chorei tanto, mas tanto, que enquanto ela falava com os outros adms, a Yvette me abraçou e falou “Está tudo bem.” e eu disse “Obrigado por isso (nos levar para conhecer a Bey)”. E então chegou a minha vez e abracei ela sem parar de chorar um segundo. Devo ter abraçado ela umas 5 vezes. Eu abraçava ela e pensava “mds isso que tá acontecendo é real?” aí abraçava ela de novo chorando. Eu disse que a amava muito e que ela é uma inspiração pra mim desde a infância e ela respondeu ‘Eu também amo você!’
Ela também disse que amou o meu corte de cabelo. Nunca mais irei deixar crescer! 🙂 O fotógrafo dela pediu para tirar uma foto de nós duas e então a Yvette me ofereceu um lenço pra enxugar minhas lágrimas (vários, na verdade). E depois perguntei pra Bey se poderia tirar uma foto beijando o rosto dela, se ela se sentia confortável. Tiramos e ela disse “eu também quero tirar uma foto beijando o seu rosto” e então tiramos outra também. Sim, além de eu ter dado um beijo na bochecha da Beyoncé, ela também me deu outro beijo na bochecha!
Veja a publicação original AQUI. (créditos: x.com/beyonceaccess)
Ludmilla foi uma das figuras brasileiras que se encontraram com Beyoncé nos bastidores. Os internautas resgataram vídeos antigos de Ludmilla, quando ainda usava o nome artístico de “MC Beyoncé”, que dizia no programa “De frente com Marília Gabriela” que um dos seus sonhos era morar nos “states” e conhecer Beyoncé.
O sonho se realizou.

A trajetória de evolução de Ludmilla na música brasileira é uma das mais belas de ver. Ela começou com músicas extremamente descompromissadas e escrachantes, como “Fala mal de mim” com o funk carioca raiz. Quando ela ainda era “MC Beyoncé”, parte do público que acompanhava o cenário brasileiro musical não a levava a sério, devido a clipes de baixo orçamento, uma voz aguda anasalada com volume alto e músicas com letras descontraídas.
Ao ganhar notoriedade, Ludmilla trabalhou a própria imagem, artística e pessoal, investiu em aulas de canto, se dedicou e desvinculou seu nome artístico a Beyoncé, sendo a partir daquele momento o nome artístico Ludmilla – que perdura até hoje -.
A evolução de Ludmilla é algo belíssimo de se ver. A transição do funk descompromissado para o pop, pagode e R&B mostrou versatilidade e ainda mais artisticidade. Hoje, podemos sim vincular a imagem dela ao pagode, como é em “Numanice” e “Numanice #2”. Além de ter se tornado uma cantora legítima no cenário musical brasileiro, o que a rendeu colaborações com Glória Groove, Jão, Luísa Sonza, Péricles e Marília Mendonça.
Ludmilla prova que não é necessário forçação e fragmentação de sua artisticidade brasileira para se ganhar notoriedade em cenários internacionais, basta investir no que realmente irá agregar, a arte. Os frutos do investimento de Ludmilla em sua própria arte a entregou um momento histórico como este: o seu encontro com Beyoncé. E isso é um deslumbre para qualquer artista, já que Beyoncé é a figura viva mais importante de nosso tempo.
O encontro de Ludmilla com Beyoncé mostra que forçação de carreira internacional não funciona quando não se tem talento de verdade.
Orgulho da minha Bahia
a Ludi merece muito chegar onde chegou
ainda tô digerindo que a bey estava a menos de 400km de mim 🥹🥹